Desde a notícia da morte da vereadora Mirelle Franco, no Rio de Janeiro, tenho visto nas redes sociais várias manifestações e algumas opiniões “maniqueístas” a respeito da execução da Mulher, Negra, Vereadora. Umas dessas opiniões: “isso que dá defender bandido”.
Não mataram Mirelle por ela ser mulher.
Não mataram por ela ser negra.
Não mataram por ela ser militante política.
Não mataram por ela ser de origem pobre.
Mataram a Mirelle por que vivemos em uma sociedade violenta, onde estamos cada vez mais perdendo o respeito ao outro, à vida.
Mataram Mirelle como matam diariamente, no Rio de Janeiro, policiais, trabalhadores, mães e pais de família, jovens e turistas.
Mataram a Mirelle como matam diariamente nas filas dos hospitais públicos e nas periferias por ausência do Estado e negligência dos políticos.
Mataram Mirelle por que a vida está banalizada.
Toda morte inesperada, violenta e desproposita
da deve nos indignar. Não importa se quem morreu é de direita ou de esquerda. Não importa se é homem ou mulher, se negro ou branco.
precisamos repensar nosso modelo de cidade (Intolerante, excludente, discriminatória) e o caminho que estamos tomando. Alguns acham que a saída é a arma na mão de cada cidadão e ao que parece esse caminho não é a solução.
A morte de Mirelle comoveu o mundo e chamou atenção no Brasil inteiro e mostrou que precisamos de refletir.
Que cidade queremos….
Que futuro esperamos e vamos construir…